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CRESCE O NÚMERO DE CASOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DURANTE A QUARENTENA


O despertador toca para mais um dia de trabalho. Uma nova semana com planos, agenda organizada e tarefas a cumprir. Seria mais uma semana de muitas, se não fosse um “intruso invisível” mudando a rotina da população em todo o mundo: o coronavírus (Covid-19). 

O mundo virou de cabeça para baixo. Mudanças abruptas invadiram a vida de todos, modificando a forma de trabalho, estudos e transformando o cotidiano.

As mudanças são variadas e atingem cada indivíduo de forma singular. Questões ligadas à vida financeira e social podem afetar a saúde mental. Assim como o fato de se manter em isolamento, o que no momento é uma imposição sobre a vontade. Isto altera a condição existencial, colocando o ser humano em modo de angústia e adoecimento pela limitação do “poder-ser” e “poder-ter”, desestruturando pensamentos e emoções que, por sua vez, podem alterar o comportamento.

Nesse contexto de privações, medos e incertezas advindos da pandemia, a Organização das Nações Unidas (ONU) relata um aumento alarmante de casos de violência doméstica contra mulheres e meninas em todo o mundo. A ameaça deixou de ser externa e passou a aumentar aonde elas deveriam se sentir mais seguras: em seus próprios lares.


PRESAS COM O AGRESSOR


A violência contra o sexo feminino é, em geral, praticada por ciúmes exagerados por parte do marido, namorado ou ex-companheiro.  Pelo fato de estarmos vivendo um período de isolamento social, as mulheres vítimas de maus tratos dentro de suas residências, independente da idade, encontram-se mais vulneráveis. Muitas sofrem caladas, a despeito do nível social. Em sua grande maioria tem medo de formalizar uma denuncia e falar do seu sofrimento. 

Quando são crianças chegam a sentirem-se culpadas pelos abusos, por insinuação do próprio agressor, que chega ao ponto de ameaçar tirar a vida de alguém que elas amam. Quando já estão na fase da idade adulta, sofrem pressões psicológicas e físicas e se abstêm de procurar serviço de saúde, e amparo na Lei Maria da Penha.   

  1. Conheça as causas mais comuns do comportamento agressivo: 

  • Homens que abusam de substâncias químicas;

  • Meninos que observavam o sofrimento imposto a suas mães por pais ou padrastos;

  • Meninos que eram agredidos em casa durante a infância ao crescerem têm três vezes mais chances de se tornarem agressores;

  • O fato da violência ser um comportamento aprendido;

  • Pai autoritário e mãe opressora;

  • A necessidade de autoafirmação;

  • A falta de crenças e valores;

  • Necessidade ainda de se afirmar como sexo forte. 

Cabe ainda ressaltar que os homens abusadores podem ser cultos, iletrados, bem-sucedidos na vida ou sem profissão. Estão espalhados em todos os lugares.

Por tudo isso, além do engajamento ao enfrentamento da Covid-19, a sociedade possui outro desafio: prestar apoio às mulheres e meninas em situação de violência familiar, muitas em risco de vida. Geralmente o isolamento é utilizado pelo agressor para exercer controle psicológico sobre a vítima e afastá-la de seu contato social, diminuindo sua chance de defesa. 



Saiba como denunciar:

Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180.

A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 presta uma escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgão competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento. O serviço também fornece informações sobre os direitos da mulher, como os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso: Casa da Mulher Brasileira, Centros de Referências, Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam), Defensorias Públicas, Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres, entre outros. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. São atendidas todas as pessoas que ligam relatando eventos de violência contra a mulher. O Ligue 180 atende todo o território nacional e também pode ser acessado em outros 16 países.


Por Jussara Abreu e Deise Ribeiro.

 
 
 

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